Cidades Invisíveis

 

Equipa artística

Conceito, direção, composição, voz e violino

  • Compositor, maestro e contratenor, António é também fundador, diretor artístico e maestro principal da orquestra de câmara Cat’s Cradle Collective e diretor musical dos Union Chapel Singers em Londres.

    Como compositor, recebeu encomendas para composições de entidades como a rádio nacional austríaca Ö1 e a rádio nacional portuguesa Antena 2, para quem fez o teatro sonoro radiofónico “Eine Schwalbe falten” e a adaptação portuguesa “Dobrar uma Andorinha”, com Rita Blanco no papel principal. Foi também Jovem Compositor em Residência da Casa da Música no Porto em 2016 e recebeu o 2º prémio do concurso internacional Styria Cantat pela sua obra coral “Cantos”. Com Clara Andermatt e Jonas Runa, António co-criou a performance de dança e música “Suspensão”, apresentada várias vezes em Portugal, inclusivamente no CCB, onde também já teve as suas obras estreadas.

    Criou o projeto Das Tripas Coração, que convidou compositores a criar nova música inspirada em música tradicional portuguesa, projeto este que conta agora com a sua 2ª edição, transmitida pela Antena 2, um filme e um futuro concerto ao vivo em Londres, em colaboração com artes teatrais e com o apoio do Instituo Camões. Como contratenor estreou várias obras, e é também membro do coro Londinium e de vários outros grupos em Londres cantando desde e música renascentista a música nova.

    Como maestro do ensemble Cat’s Cradle Collective criou uma série de projetos performativos com música de várias épocas e estreando obras contemporâneas, incluindo apresentações na Embaixada de Portugal em Londres, no Royal College of Music, na Royal Academy of Arts e com gravações transmitidas em rádios internacionalmente.

    António tem licenciaturas em composição e direção de orquestra pela Kunstuniversität Graz (Áustria) e um mestrado em composição do Royal College of Music Londres.

    Atualmente, António está a criar uma obra em colaboração com a coreógrafa Claire Heafford explorando relações entre os géneros com base na dança Apache e Wrestling, a desenvolver a sua primeira ópera e a continuar uma obra coral de grande escala baseada em excertos de As Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar.


Narração

  • Considerada uma das pioneiras do movimento da nova dança portuguesa, a carreira de Clara Andermatt revelou, ao longo dos anos, uma identidade artística particularmente singular no panorama artístico nacional e internacional. Iniciou os seus estudos de dança Luna Andermatt. Graduou-se pelo London Studio Centre e pela Royal Academy of Dance, entre 1980-84. Foi bolseira do Jacob’s Pillow (1988), do American Dance Festival (1994) e do Bates Dance Festival (2002). Integrou entre 1984-88 a Companhia de Dança de Lisboa, dirigida por Rui Horta, e entre 1989-91 a Companhia Metros, em Barcelona, com direção de Ramón Oller. Em 1991 cria a sua Companhia (ACCCA), coreografando um vasto número de obras regularmente apresentadas em território nacional e no estrangeiro. Em 1994 inicia uma forte relação com Cabo Verde, uma colaboração por 7 anos consecutivos e que perdura até hoje. É regularmente convidada a criar para outras companhias, a lecionar em diversos estabelecimentos de ensino, e a participar como coreógrafa nas áreas do cinema e teatro. O seu percurso é marcado pela viagem, pelo encontro com outras culturas e outras linguagens artísticas, especialmente nas zonas de fronteira entre formatos e estilos, entre o corpo treinado e não treinado.Com uma linguagem muito própria, tem desenvolvido um trabalho singular de dupla dimensão: artística e inclusiva.


  • Licenciada em Teatro e Cinema pelo Conservatório Nacional de Lisboa, Luísa Cruz iniciou a sua carreira com a peça Pílades, em 1985. Em 1989, Cruz conquistou seus primeiros prémios: foi laureada pela revista O Actor como Melhor Jovem Atriz pelo semanário Se7e como Atriz Revelação.

    No teatro, atuou em diversas óperas, porém também destaca-se ao cantar fado. Em março de 2005, lançou o disco Quando Lisboa Anoitece, produzido em parceria com o pianista Jeff Cohen.

    Na televisão, já atuou em numerosas novelas e séries, bem como Espírito Indomável, Morangos com Açúcar,Rainha das Flores, Nazaré, entre outras.

    No cinema, Cruz entrou no Filme do Desassossego, de João Botelho, Veneno Cura, de Raquel Freire, Os Mutantes, de Teresa Villaverde, e Ao Sul, de Fernando Matos Silva.


  • Fernando Luís Rodrigues Correia é um actor português. Iniciou a sua actividade no Teatro de Animação de Setúbal, onde permaneceu por duas temporadas. Em 1992 recebeu o Prémio de Melhor Actor pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro pela peça A Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht. Depois disso, passou pelo Teatro Nacional D. Maria II, pelo Teatro Maria Matos, pelo Teatro da Cornucópia e pelo Teatro Aberto. Foi dirigido por nomes como João Canijo, Diogo Infante, Fernando Gomes, João Brites, Filipe La Féria, José Caldas, Jorge Lavelli, Carlos Avilez e Graça Correia.

    Estreou-se no cinema em Rosa Negra, de Margarida Gil (1992). Desde então, participou em filmes de realizadores como Marco Martins, Manuel Mozos, Margarida Cardoso ou José de Sá Caetano. Foi dirigido por João Canijo em Sapatos Pretos, Noite Escura e Mal Nascida.

    Actor regular em séries televisivas, integrou o elenco de O Mandarim, Alentejo Sem Lei e Polícias, popularizando-se depois em Médico de Família (1998 a 2000). Seguiram-se então as séries A Minha Família é Uma Animação, A Minha Sogra é Uma Bruxa, Inspector Max, Nome de Código: Sintra , Bocage e A Minha Família.

    No seu último trabalho televisivo, deu vida ao vilão Sertório Mota na telenovela Sentimentos (2009), também para a TVI. Em 2014 protagonizou o filme Terra 2084 do realizador Nuno Sá Pessoa pelo qual venceu o prémio GDA para melhor actor do ano nos prémios anuais do Shortcutz Lisboa.


  • Venâncio Calisto (Maputo, Moçambique, 1993). É ator, encenador e escritor. Formou-se em Teatro pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane. Estreou-se na encenação, em 2015, com “Qual é a Sentença: a mulher que matou a diferença?”, espectáculo que, passados dois anos, levou ao festival Yesu Luso no Brasil. De sua autoria são também “A Crise” (2016) e “(Des)mascarado” (2018). Em 2018 foi distinguido com o Prémio de Artes e Cultura da Mozal, na Categoria de Teatro, e ficou em Primeiro Lugar num concurso de poesia promovido pelo Centro Cultural Moçambicano Alemão (CCMA). Reside em Portugal desde 2019, onde se encontra a frequentar o 2º ano do Mestrado em Teatro, especialização em Teatro e Comunidade na Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa. Tem trabalhado como assistente de encenação em vários espectáculos. Foi assistente de encenação de Victor de Oliveira no espectáculo “Incêndios”, texto de Wajdi Mouawad, apresentado no Centro Cultural Franco Moçambicano – Maputo e na Culturgest – Lisboa, em 2019. E Integrou o elenco de “A Cidade dos Pássaros”, de Bernard Chartreux, e “A noite das Hienas”, a partir de textos de Piter Wiess e José Craveirinha, ambos com encenação de Fernando Mora Ramos. Como actor integrou o elenco de “Simão na Antártida” peça gravada e produzida pela RTP em Portugal. No mesmo ano dirigiu o espectáculo “O alguidar que chora ou a história das pedras que falam”, apresentado no contexto de uma residência no Teatro da Rainha, em Caldas da Rainha e publicado em livro, numa edição de autor. Essa obra marca a sua estreia em Portugal como encenador e autor.


  • Cléo Diára, 2 de Setembro de 1987, natural da Cidade da Praia em Cabo Verde. Muda-se para Lisboa na infância onde realiza a maior parte da sua formação. Inicia as suas experiências artísticas na dança com o grupo “Kiandas” e no teatro com grupo universitário "Mis-cutem”. Inicia a sua formação artística profissional em 2012, na ESTC. Assume-se como artista multidisciplinar. Desde 2015 que participou como intérprete em vários projetos teatrais de encenadores nacionais dos quais se destaca, Rogério Carvalho, Mónica Calle, Sónia Baptista e Mário Coelho, Pedro Baptista. Integrou também várias produções de cinema nacional e internacional, dos quais destaca Diamantino de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, Verão Danado de Pedro Cabeleira , Terra Amarela de Dinis Costa e Nha Mila de Denise Fernandes.

    Em 2019, é vencedora juntamente com Isabél Zuaa e Nádia Yracema da Bolsa Amélia Rey Colaço com o espetáculo "Aurora Negra”, estreado no TNDMII, Lisboa. No mesmo ano apresenta a sua primeira criação “Pele”, no festival Fórum Internacional de Gaia, Porto.


  • Filha de mãe angolana e pai da Guiné-Bissau, Isabél Zuaa nasceu na cidade de Lisboa, em Portugal, e lá começou a carreira de atriz e bailarina. Mudou-se para o Brasil e começou a atuar em peças teatrais. Estreou como atriz de cinema em Por Favor, Não Toques na Minha Afro (2012), curta de comédia escrito e dirigido por Patrícia Couveiro.

    Em 2017, após estrelar outros curtas e o longa O Nó do Diabo (2016), alçou fama com Joaquim (2017), Marcelo Gomes, exibido no conceituado Festival de Berlim. Além de conseguir rápida ascensão, a obra lhe rendeu o Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro 2017 na categoria Revelação.


  • Igor Regalla nasceu em Bissau, capital da Guiné-Bissau. É considerado pelos críticos de cinema português como a próxima promessa da televisão e do cinema nacional luso. Foi protagonista do filme do português Bruno Bernardo, intitulado ‘Gabriel’.

    Igor Regalla foi igualmente protagonista, no papel de Eusébio em 2018, do filme ‘Ruth’ do português António Pinhão Botelho, uma narrativa que conta história da vida do futebolista luso-moçambicano, Eusébio da Silva Ferreira.

    O ator participou na telenovela ‘Alma e Coração’, em exibição no canal generalista luso SIC. Começou no Teatro, passando pela Publicidade até à participação na sua primeira Telenovela ‘Água de Mar’, depois foi telenovela ‘Única Mulher’.


  • Mariana nasceu a 7 de abril de 1994, em Ponta Delgada e mudou-se para Lisboa em 2012, com 18 anos, para fazer o curso de Teatro - ramo atores, na Escola Superior de Teatro e Cinema.

    Em 2014, ainda durante o curso, apresentou uma performance a solo, “HOW BEAUTIFUL COULD A BEING BE?”, inserida no festival Walk&Talk, através do concurso de jovens criadores. Terminou o curso com a apresentação da peça “27 doses”, orientada por Jean Paul Bucchieri e David Antunes, em 2015.

    No ano seguinte, 2016, dedicou-se a viajar e trabalhar. Conheceu alguns países europeus, da América Central e do Sul. Em 2017, regressou a Lisboa e trabalhou como intérprete, com Mário Coelho, Pedro Baptista e Tânia Carvalho.

    Em Abril, 2018, mudou-se para a Eslovénia ao abrigo de um programa de voluntariado europeu onde desenvolveu competências de educação não-formal.

    Ainda em 2018, em dezembro, regressou a Ponta Delgada. Participou na performance “Interstellar Sugar Centre”, do coletivo artístico/científico Instytut B61, integrado no festival Tremor, em abril de 2019, e na peça “A mão esquerda de Deus” encenada por Peter Cann, inserida no Festival Paralelo, em novembro, 2020.


  • Francisco Arraiol nasceu no Funchal em 1990. Iniciou a sua formação teatral no Curso Profissional de Teatro/Interpretação do Conservatório – Escola das Artes da Madeira. No Funchal colaborou com o Teatro Experimental do Funchal, onde trabalhou com Eduardo Luíz, Élvio Camacho e Kot-Kotecki. Posteriormente, muda-se para Lisboa para estagiar no Teatro – O Bando e licencia-se em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Em teatro, trabalhou com José Peixoto no Teatro dos Aloés, com João Brites no Teatro – O Bando e com Cláudio Hochman no Teatro de Carnide fez “MacBeth” e “As Mulheres de Otelo”. Estreou-se em televisão em 2011 na série juvenil “Morangos com Açúcar” IX e nos anos seguintes integrou os elencos de “Mundo ao Contrario”, “Mulheres”, “Santa Bárbara”, “Massa Fresca”, “Ouro Verde”, “Vidas Opostas”, entre outros. Desde 2012 que trabalha como locutor publicitário e mais recentemente, participou no espectáculo “Conto de Natal” de Charles Dickens com encenação de Sofia de Portugal e na novela “Serra” da SP Televisão.


  • Nasceu a 3 de Julho em Luanda, Angola.

    Inicia a sua formação e actividade no teatro Universitário, TEUC, onde conclui o curso de formação no ano lectivo de 2007-2008. Continuou como actriz e membro da direcção até 2011. Paralelamente frequentou a licenciatura de Direito na Universidade de Coimbra.

    Ingressa em 2012 na ESTC - Ramo actores. Após conclusão da formação académica tem trabalhado frequentemente como actriz em teatro, onde é dirigida por vários encenadores nacionais e internacionais, dos quais destaca: Bouchra Ouizguen, Emmanuelle Huynh, Matthias Langhoff, Rogério de Carvalho, Tiago Rodrigues, Sara Carinhas, entre outros.

    Tem uma participação activa em vários organismos sociais que promovem o trabalho colaborativo nas áreas do cinema, teatro e performance. Em 2018 integra o projecto internacional École de Maîtres.

    Em 2019, com o projecto AURORA NEGRA, juntamente com Cleo Tavares e Isabel Zuaa, foi vencedora da bolsa Amélia Rey Colaço.


  • Juelce Beija Flor é um jovem ator de São Tomé e Príncipe, de momento a estudar Teatro e Artes performativas na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O seu perfil artístico completa-se com a curiosidade, vontade e sonho. Iniciou na sequência de uma oficina para ator na Televisão São-tomense (TVS) em 2013. Até 2015, já estava no “teatro e cinema”.

    No teatro, aprendeu com vários mestres e atuou em Portugal, Brasil e Angola, lecionou Expressão Dramática/ Corporal na escola Internacional de S.T. e Príncipe onde foi o cofundador da companhia infantil (OS GRAVANIAS).

    Também desafiou a dirigir e a interpretar, unindo essas potencialidades, conseguiu o prémio de melhor performance no palco em Angola com a peça (Uma Velha Muito Jovem) de Beatriz Pais em 2018.

    Sentiu que nem todos os projetos cabiam num palco, experimentou o cinema com a segunda melhor curta-metragem no festival Internacional de cinema de São Tomé e Príncipe.

    Juelce atuou no espetáculo de dança (The Show Must Go On) de Jérôme Bel, foi ator e modelo da Companhia Santomense de Telecomunicações (CST), fez trabalhos de atuação em companhias como Surpresa da Madrugada, Cacau Teatro, e é de momento o diretor artístico, ator, preparador e realizador na (Companhia) Teatral Sorriso Negro.


Músicos

  • Lara Martins é uma cantora que alia a excelência do seu instrumento vocal a uma grande sensibilidade e talento no domínio musical e dramático. Esse perfil traduz-se na capacidade de brilhar com igual mestria na ópera ou no teatro musical, onde foi uma das principais estrelas da produção de The Phantom of the Opera, no mítico West End de Londres.

    Desenvolveu a sua formação na Guildhall School of Music and Drama, como bolsista da Fundação Calouste Gulbenkian. Os seus dotes de elevado requinte cedo se evidenciaram, vindo a cantora a acabar o respectivo curso com a mais alta classificação.

    Desde então tem encantado alguns dos mais importantes palcos europeus, acompanhada por orquestras de topo. O seu repertório, abrangente, é revelador de uma artista com uma versatilidade pouco usual: viaja desde Mozart até Sondheim, passando por compositores tão diversos como Donizetti, Richard Strauss, Manuel de Falla, Kurt Weill, Gershwin, Bernstein ou A. Lloyd Weber.

    Lara Martins acaba de lançar o seu álbum de estreia, “Canção” ( Artway Records 2021),com grande aplauso da crítica nacional e internacional.


  • Danae Eggen começou a tocar trompa aos dezesseis anos, na sua cidade natal de Vancouver, Canadá. Completou a sua licenciatura em música na Schulich School of Music na Universidade McGill onde estudou com Denys Derome e John Zirbel, da Montreal Symphony Orchestra. Durante os seus estudos foi bolsista do Domaine Forget e Orford Arts Centre e também estudou um semestre com Johannes Hinterholzer na universidade Mozarteum em Salzburgo, Áustria.

    Danae vive de momento em Londres (Reino Unido) onde recentemente completou o mestrado de música em trompa no Royal College of Music com Simon Rayner e John Ryan, com uma bolsa da Needly Family (Needly Family Scholar). Durante os seus estudos tocou profissionalmente com ensembles cuja lista inclui London Sinfonietta, Birmingham Contemporary Music Group, Southbank Sinfonia, e como solista da Old Barn Orchestral Society. Desde a sua graduação em 2021, completou um contrato como Primeira Trompa com o Central Band of the Royal Air Force e de momento detém a posição de Primeira Trompa na Sinfonia Cymru em Cardiff. Nos seus tempos livres, Danae dedica-se ao ciclismo, montanhismo e à procura da criação da melhor receita de cerveja artesanal.


  • Apaixonada por fazer música com e para os outros, Inês Delgado divide a sua vida enquanto violinista entre música de câmara, orquestra e projetos de música em comunidade.

    Originalmente do Porto, Inês reside em Londres desde 2014, ano em que foi para Inglaterra para completar a sua Licenciatura e Mestrado no Royal College of Music (RCM). Terminou os seus estudos em 2020, apoiada por uma bolsa completa da Fundação Calouste Gulbenkian. Inês foi violinista do Salomé Quartet de 2017 até ao final de 2020.

    Como música de orquestra, Inês foi escolhida como uma de duas violinistas para o programa Foyle Future Firsts, com a London Philharmonic Orchestra (de 2020 a 2022). Colaborou ainda com várias orquestras profissionais, tais como a Ulster Orchestra (como chefe de naipe dos 2os violinos), Oxford Philharmonic e a Philharmonia Orchestra.

    A sua paixão por música em comunidade cresceu inspirada pela sua avó, que tinha doença de Alzheimer’s. Em 2018, Inês começou a trabalhar como músico auxiliar no projeto Turtle Song - um grupo musical para pessoas que vivem com demência. Desde 2018, o seu amor por este tipo de trabalho tem apenas crescido, tendo-se tornado, em 2021, uma das líderes musicais do Turtle Song e Embaixadora Musical do projeto. Em 2021 esteve ainda encarregue de contribuir para o treino de jovens músicos interessados em trabalhar com pessoas com demência.

    Continua a desenvolver ativamente a sua prática e conhecimento enquanto líder de workshops musicais para a saúde e o bem-estar, tendo trabalhado não só com pessoas com demência, mas também com crianças, jovens com autismo e adultos com problemas relacionados com a saúde mental. Neste momento, está a treinar sob a supervisão de organizações tais como o Wigmore Hall, Evolve Music e Anglia Ruskin University. É também, de 2021 a 2022, assistente de investigação para um novo projeto - Songs from Home - um projeto musical para mães com depressão pós-parto.


  • Hugo Vasco Reis (Lisboa, 1981) é compositor de música contemporânea. Estudou composição com Isabel Mundry, na Universidade de Artes de Zurique (MA em Composição), como bolseiro da Fondation Nicati-de Luze (Suíça), com Stefan Prins e Mark André, na Hochschule für Musik Carl Maria von Weber Dresden (MA em Composição) e na Escola Superior de Música de Lisboa (BA em Composição), com Sérgio Azevedo, Luís Tinoco e António Pinho Vargas.

    Teve classes particulares e masterclasses com os compositores Toshio Hosokawa, Chaya Czernowin, Hans Tutschku, Dieter Ammann, Franck Bedrossian, Zigmunt Krauze, Åke Parmerud, Carola Bauckholt, Klaus Lang, Peter Ablinger, entre outros.

    O seu catálogo inclui peças para orquestra, música de câmara, música a solo, eletroacústica, vídeo e instalações.

    As suas peças têm sido interpretadas em várias salas de concerto e festivais (Portugal, EUA, Alemanha, Áustria, Reino Unido, Suíça, Itália, Estónia, Polónia, Espanha, França, Índia e Moçambique), e premiadas/selecionadas em diversos concursos: Matera Intermedia Festival, The Future Blend Project, NGCS, Folefest, Festival Criasons, Risuonanze 2018, Associação Portuguesa de Compositores, International Society for Contemporary Music – World Music Days 2019, GMCL/Jorge Peixinho 2020, International Confederation of Electroacoustic Music 2021 e Sonic Matter 2021.

    Editou cinco álbuns monográficos, os quais foram nomeados pela SPA e GDA para melhor trabalho de música erudita, e que incluem as suas composições. Os seus trabalhos têm sido apoiados pelo Ministério da Cultura de Portugal, DGArtes, Antena 2, ESML, ZHdK, SPAutores, Coro Setúbal Voz, Síntese GMC, Musicamera, Borealis Ensemble, Câmara Municipal de Lisboa, Vertixe Sonora, Momento Foundation e Graf-Fonds. As suas partituras são editadas pelo MIC.PT – Centro de Investigação & Informação da Música Portuguesa. Durante a sua formação estudou guitarra elétrica na Escola de Jazz do Porto e guitarra portuguesa no Conservatório de Música do Porto e na classe particular de Pedro Caldeira Cabral. É também engenheiro civil, apesar de atualmente não exercer a profissão.


Co-edição e Mistura

  • Vincenzo é um compositor condecorado, que trabalhou numa série de produções incluindo curtas-metragens, animações, documentários, séries web, anúncios, vídeos corporativos, filmes, produções teatrais e mais. Com um profundo interesse em sound design e escultura sonora, Vincenzo tenta juntar texturas orquestrais ricas com elementos subtis de eletrónica. A sua música é enriquecida pela sua experiência em composição de jazz e como pianista.

    Vincenzo trabalhou regularmente com o orquestrador Shane Rutherfoord-Jones, como assistente em projetos com os sucessos de Hollywood “Gemini Man” e “Bad Boys For Life”, o filme da Netflix “Love, Wedding, Repeat” e a série da BBC-HBO “His Dark Materials”. A lista de outras colaborações notáveis inclui os cineastas Marco Fabbro, Gianmarco Formica, Michelle Brand, Florian Thess, Frozia Khalife e Rath Chun. Como parte da equipa de criação musical, trabalhou como orquestrador, música e a fazer arranjos musicais com compositores que incluem Kate Simko, Vincent Ott, Mike Ladouceur.

    Após a sua licenciatura em piano jazz (que concluiu com distinção), Vincenzo mudou-se para Londres onde fez o mestrado em composição para filme no Royal College of Music (concluído também este, com distinção), estudando com Vasco Hexel, Enrica Sciandrone e Howard Davidson.


Arte Visual (azulejo)

  • Sílvia Sá-Dantas nasceu em 1932 na Guarda. É uma das primeiras mulheres licenciadas em Arquitetura de Portugal.

    Estudou na faculdade de Belas Artes do Porto, e, em conjunto com Fernando Sá-Dantas trabalhou como arquiteta, tendo colaborado no projeto do Outeiro de S. Miguel, entre outros.

    Dedicou a maior parte da sua vida profissional à educação, como professora de artes visuais, desenho e geometria descritiva no Instituto de Odivelas e no Externato da Luz.

    Paralelamente ao seu trabalho no campo da educação, desenvolveu a sua prática artística explorando o meio dos azulejos. A sua obra conta com centenas de azulejos que colhem inspiração das mais variadas fontes, desde a geometria à espiritualidade. Mais recentemente é o fogo de artifício, como símbolo da celebração e da comunidade que tem explorado de variadíssimo modo na sua obra.

    Sílvia Sá-Dantas tem quatro filhos e vive em Lisboa, onde continua a pintar azulejos todos os dias.

    NB. António Sá-Dantas tem o enorme privilégio de ter Sílvia Sá-Dantas como avó, que desde tenra idade foi e continua a ser uma grande fonte de inspiração artística e pessoal.


Resumo dos Episódios

Todas as 2as-feiras às 19:00, a partir de 2 de Maio 2022 na Antena 2 .

Oiça aqui.

Episódio 1/9

2 Maio 2022 19:00
Duração: 32’30’’

As cidades deste primeiro episódio são cidades que vivem da memória e do desejo… aparecem também as cidades dos sinais subtis, contadas pelas vozes de Luísa Cruz, Fernando Luís, Cleo Diára, Francisco Arraiol e Venâncio Calisto. 

Episódio 2/9

9 Maio 2022 19:00
Duração: 24’00’’

Marco Polo desenvolve uma linguagem de gestos, sons e palavras para contar a Kublai Kahn as cidades do seu império. O impetuoso Kublai pergunta-se se estas cidades serão verdadeiras: as cidades da memória, do desejo, dos sinais e as subtis, mas também as novas cidades das trocas, não de materiais, mas de experiências e histórias contadas pela voz de Nádia Yracema, Cleo Diára, Luísa Cruz, Fernando Luís, Francisco Arraiol e Venâncio Calisto. 

Episódio 3/9

16 Maio 2022 19:00
Duração: 21’21’’

Kublai Kahn descreve as cidades que imagina e confere com Marco se existem ou não no seu infinito império. Juntam-se às cidades do desejo, dos sinais, as cidades subtis e as das trocas também aquelas que existem apenas para serem vistas em reflexo indirecto, contadas por Francisco Arraiol, Venâncio Calisto, Cleo Diára, Nádia Yracema e Juelce Beija Flor.

Episódio 4/9

23 Maio 2022 19:00
Duração: 18’40’’

Kublai Kahn duvida da veracidade das cidades descritas, mas que depende inteiramente de Marco para reconhecer se existem ou não. Juntam-se às cidades dos sinais, subtis, das trocas, dos olhos aquelas que dependem do nome que lhes é dada para existirem. Contadas por Fernando Luís, Venâncio Calisto, Francisco Arraiol, Nádia Yracema, Juelce Beija Flor e Clara Andermatt. 

Episódio 5/9

30 Maio 2022 19:00
Duração: 18’33’’

O império de Kublai Kahn deixe de crescer por fora, mas possa crescer por dentro, Marco ajuda-o a navegar esta viagem interior, falando-lhe das últimas cidades subtis, das cidades que vivem das trocas, dos olhos e dos nomes, mas também as cidades que vivem apenas dos mortos que nela existem… contadas por Fernando Luís, Clara Andermatt, Nádia Yracema, Venâncio Calisto, Juelce Beija Flor e Igor Regalla. 

Episódio 6/9 

6 Junho 2022 19:00
Duração: 28’34’’

É apresentada a capital do império a cidade mais rica em posse e mais pobre em conteúdo. Marco Polo não está impressionado e fala-lhe antes da sua cidade natal, Veneza. Continua descrevendo cidadas que vivem das trocas, dos olhos, dos nomes, dos mortos e aquelas que existem apenas pela relação que têm com o céu… contadas por Juelce Beija Flor, Isabel Zuaa, Nádia Yracema, Clara Andermatt, Igor Regalla e Mariana Pacheco de Medeiros.

Episódio 7/9

13 Junho 2022 19:00
Duração: 29’09’’

Kublai provoca Marco, tentando penetrar as riquezas da sua imaginação, mas Marco, como que num jogo entra em diálogo e fala-lhe sobre novas cidades, incluíndo as que existem sem limites e em perpétua transformação, contadas por Juelce Beija Flor, Igor Regalla, Clara Andermatt, Mariana Pacheco de Medeiros e Luísa Cruz.

Episódio 8/9

20 Junho 2022 19:00
Duração: 21’08’’

Marco Polo e Kublai Kahn jogam xadrez, e simplesmente usando as peças e os 64 espaços falam sobre todas as cidades que conhecem, uma vertiginosa cidade dos mortos, uma cidade celestial, as cidades sem fim, contínuas, e as cidades ocultas que vivem daquilo que é intuito e sempre escondido, contadas por Isabel Zuaa, Mariana Pacheco de Medeiros, Clara Andermatt, António Sá-Dantas, Igor Regalla e Luísa Cruz.

Episódio 9/9

27 Junho 2022 19:00
Duração: 55’40’’

Kublai Kahn mostra a Marco os seus Atlas, que incluem todas as cidades reais e imaginárias, contemporâneas e míticas, conhecidas e até as desconhecidas… Ouvimos Marco falar, sobre as últimas cidades celestiais, contínuas e obscuras, nas vozes de Fernando Luís, Cleo Diára, Igor Regalla, Mariana Pacheco de Medeiros, Luísa Cruz e Isabel Zuaa. 


Créditos

Concepção, direção artística e composição musical: António Sá-Dantas.

Narração (por ordem de aparição): Luísa Cruz, Fernando Luís, Cleo Diára, Francisco Arraiol, Venâncio Calisto, Nádia Yracema, Juelce Beija Flor, Clara Andermatt, Igor Regalla, Isabel Zuaa, Mariana Pacheco de Medeiros.

Canto: Lara Martins e António Sá-Dantas
Violino: Inês Delgado e António Sá-Dantas
Trompa: Danae Eggen
Baixo Acústico: Vincenzo Di Francesco
Guitarra portuguesa: Hugo Vasco Reis

Gravação de voz: Leonor Matos e Jorge Medeiros
Edição de voz e som: António Sá-Dantas e Vincenzo Di Francesco
Mistura e Apoio Técnico: Vincenzo Di Francesco

Adaptado do livro” As Cidades Invisíveis” por Italo Calvino

Copyright © The Estate of Italo Calvino, 2002.
Todos os direitos reservados. 

Tradução para Português por José Colaço Barreiros para a D. Quixote, Grupo LeYa.

Co-produção: Cabeça Martelada e CulturXis.
Apoio: Direção Geral das Artes.


Agradecimentos

Clara Andermatt
Um especial agradecimento à Clara Andermatt pelo apoio que deu a criação deste projeto logo desde o início. A colaboração na criação do grupo Cabeça Martelada foi instrumental para o desenvolvimento prático e artístico do mesmo, para poder dar os primeiros passos antes de conseguir andar por conta própria.

Luís Madureira
Um especial agradecimento também a Luís Madureira pelo apoio pessoal e artístico que deu, em especial na ponte que criou a novos membros da equipa artística.

Fica o agradecimento a toda a equipa artística, musical, técnica e visual sem a qual o projeto não teria chegado a sua fruição. Este projeto é um projeto do coração, partilhado entre todos.